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Mas eu sei o que devo fazer, por que não faço?

  • crausspsicologia01
  • 8 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

Por Francisco Crauss, psicólogo da Crauss Psicologia.



Quando percebe, o Francisco acaba, mais uma vez, deixando para última hora o trabalho da faculdade e passando por momentos de ansiedade e estresse para fazer às pressas, de última hora. Ele sabe, pelas suas experiências passadas, que não deve fazer isso pois acaba ficando nervoso, sofrendo, correndo, se escabelando, mas, mais uma vez, lá está ele procrastinando novamente. Esse tipo de atitude é absolutamente comum no nosso cotidiano. Sabemos como devemos nos comportar, por quais motivos não fazemos? Agir com irritação à uma crítica, brigar com as pessoas que amamos quando estamos com raiva, xingar os outros no trânsito, ou simplesmente nos calarmos quando gostaríamos de expressar nossas opiniões. Sabemos como gostaríamos de agir, mas nossa mente insiste em nos levar para o caminho errado.

Uma coisa é saber, outra é fazer. Temos nosso lado racional que diz: “Francisco, faz o trabalho antecipadamente, um pouquinho a cada dia, desta forma você não se desgastar tanto quanto das últimas vezes.” Daí vem nosso lado emocional: “Francisco, por que vai se desgastar hoje, se tem uma semana ainda de prazo? Deixa isso para depois, tem tanta coisa legal pra fazer hoje, por exemplo, fazer nada.” O lado racional faz uma avaliação das experiências passadas e tira uma conclusão lógica, tentando te levar para o melhor caminho. O lado emocional faz com que nos aproximemos do prazer, evitando o desconforto da forma mais rápida possível.

Mas o que fazer para que possamos escolher nossas ações da forma como gostaríamos? Uma das formas mais eficazes da atualidade é o treinamento do nosso foco atencional, que pode ser chamado também de MINDFULNESS. No momento em que aprendemos a focar nossa atenção no momento presente, sem julgamento e de forma intencional e sincera, nossas atitudes passam a ser mais escolhas e menos reativas. Escolhas são racionais, reações são emocionais. Mas para isso, é importante treinar. Perceber, descrever e nomear os sentimentos que sentimos é uma forma de estar consciente do que se passa conosco. Quanto mais consciente (ou mais treinado quanto ao foco atencional), menos atitudes reativas temos, pois nos tornamos mais capazes de fazer ESCOLHAS. Inicialmente este treino pode ser um pouco ansiogênico, pois não estamos acostumados a observar o que se passa conosco, porém, com o tempo, vai se tornando cada vez mais natural. Por conseguirmos agir em maior concordância com o que queremos, nossa vida vai se tornando mais significativa e experimentamos muito mais bem estar. Atualmente, alguns profissionais da psicologia têm trabalhado com este enfoque, e os resultados clínicos e das pesquisas no tema têm se mostrado animadores. Para se ter maior bem estar, é preciso trabalhar a si mesmo. Vamos nos mexer!

 
 
 
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