Por Débora Koller, psicóloga na Crauss Psicologia.
A maioria das crianças em idade pré-escolar e nas séries iniciais apresenta, em um certo grau, momentos de inquietude, agitação e distração. Quem tem filhos ou crianças na família sabe do que estou falando. Entretanto, alguns pais desconfiam que a agitação ou distração dos seus pequenos possa estar “passando dos limites”.
Mas então, como saber se seu filho tem de fato o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ou se essas características fazem parte de uma fase no seu desenvolvimento?
Antes de mais nada, é importante compreender que o TDAH pode ser facilmente confundido com outros transtornos. Muitas vezes, a criança apresenta-se agitada e distraída (em casa e/ou na escola) porque está ansiosa, deprimida ou porque tem alguma dificuldade de aprendizagem.
Pensem comigo, como nós adultos ficamos quando estamos preocupados com algo que não sabemos como resolver? Ou então tristes e desanimados e com dificuldade para buscar ajuda? Se para nós, adultos, que sabemos colocar em palavras os nossos sentimentos, já é difícil, imaginem para uma criança!
Crianças ansiosas ou deprimidas tendem a expressar seus sentimentos através do comportamento. Algumas ficam agitadas, outras agressivas, irritadiças, por vezes isolam-se, não conseguem prestar atenção na aula e nem fazer as tarefas de casa.
Outro ponto importante: o TDAH pode apresentar-se em dois tipos distintos. O TDAH combinado é aquele em que a criança apresenta a hiperatividade, a impulsividade e o déficit de atenção. Já o TDAH desatento é caracterizado quando a criança demonstra apenas falta de atenção.
Para dar um diagnóstico correto de TDAH, ou então descartar esta possibilidade, a criança precisa ser avaliada por um psicólogo, que irá conhecer bem a criança, seus pais e até conversar com seus professores.
Se você desconfia que seu filho possa ter TDAH, procure um psicólogo e não se deixe confundir pelos sintomas.
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