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O fim da baleia azul acabou também com os comportamentos autolesivos entre os jovens?

  • crausspsicologia01
  • 12 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

Por Fernanda Pazzim, psicóloga na Crauss Psicologia.



Hoje em dia pouco se fala do furacão midiático que foi o desafio da baleia azul, uma brincadeira que nos fez abrir os olhos para uma prática comportamental que já existe há muito tempo. O desafio viralizou de tal forma, que fez com que saíssemos da nossa zona de conforto para pensar sobre esse tema importantíssimo: por que pessoas tão jovens se cortam? O que leva um adolescente a ter tal atitude?

Precisamos então, compreender que a adolescência é um período da vida que apresenta mudanças significativas, sejam elas na escola, onde aumenta-se o número de matérias e professores, no corpo, na voz, na rotina... muitas vezes, o adolescente enxerga-se sozinho diante dessas alterações e isso pode gerar muita dor e sofrimento, fazendo com que falte estratégias adequadas para lidar com seus sentimentos.

Uma forma que o adolescente encontra para extravasar todo esse sentimento é através do comportamento autolesivo, que é caracterizado por ações corporais em si próprio, gerando dano físico de grau leve a grave, sem que haja intenção consciente de suicídio. O comportamento mais comum e frequente é o corte, porém precisamos estar atentos a outros tipos de comportamento, como arrancar pelos, mordidas que causam fortes lesões na pele e outros.

Muita gente acabou associando o comportamento autolesivo com o desafio da baleia azul, pensando que alguns jovens cortavam-se porque estava na moda, mas o sofrimento que carrega um adolescente que se sujeita a entrar numa “brincadeira” como essa, precisa ser validado, para que assim, diminuía-se a incidência de suicídio entre jovens e adolescentes.

Atualmente a taxa de suicídio de jovens no Brasil segue uma linha crescente e embora o comportamento autolesivo não tenha relação direta com o suicídio, a chance de um jovem que possui esse comportamento cometer o suicídio é muito maior do que de um adolescente que não tenha.

Identificar esse comportamento auxilia na prevenção de doenças como depressão, transtornos de personalidade e outros. Por isso, caso conheça alguém que possua esse tipo de comportamento, o indicado é aconselha-lo a procurar um auxílio profissional.

❗️Dicas importantes:

* A relação com os pais desde a infância pode ter influência sobre esse comportamento.

* Os pais podem, de forma preventiva, procurar auxílio profissional para conhecer práticas educativas saudáveis.

* O descaso com o sofrimento desses jovens, potencializa os sintomas e aumenta o risco de suicídio.

* Não falar sobre o assunto, não soluciona o problema

 
 
 

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