Por Francisco Crauss, psicólogo da Crauss psicologia.
No último dia 15, uma polêmica decisão judicial orientou que o Conselho Federal de Psicologia intérprete a resolução 01/99 de forma a não impedir os psicólogos a "promover os estudos ou atendimentos, de forma pertinente, à reorientação sexual". Mas qual problema disso? Em primeiro lugar, a pesquisa sobre sexualidade ocorre naturalmente em todo país, e não há nenhuma restrição do CFP nestes casos, como relata a autora do pedido. Em segundo, nenhum homossexual é impedido de receber atendimento referente a sexualidade. O que esta resolução impede é o tratamento com intuito de reverter a sexualidade. Sabe por quê? Simples! Porque não funciona! A psicologia é uma ciência, só se aplica o que funciona comprovadamente. Essas terapias já foram testadas no decorrer dos anos e não só não funcionaram como promoveram muito sofrimento. Estudos apontam que pessoas que se submeteram a mudança de orientação sexual desenvolveram problemas relacionados à angústia, ansiedade e depressão, além de inúmeras tentativas de suicídio. Orientação sexual não é escolha. Oferecer tratamento pra isso aumenta, e muito, o preconceito. Da a impressão de só é gay quem quer, já que pode se tratar. O Brasil é um dos países que mais comete violência contra homossexuais, preconceito no Brasil é o mesmo que violência. Se a população LGBT precisa de tratamento? Precisa sim. Para conseguir amenizar os efeitos do preconceito que sofrem. Muitas vezes as pessoas levam anos para assumir a sexualidade com medo da repressão social. Se você tem problemas com sua orientação sexual, procure um psicólogo para se curar! Ajudaremos a curar o medo, a repressão social, o preconceito que você sofre e que muitas vezes aprendeu a ter de si mesmo por nascer em um dos países mais preconceituosos do mundo. O agressor não procura terapia, mas você pode ser ajudado.
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